sábado, 23 de outubro de 2010

The End

O mandato da actual direcção da AEFLUP terminou na passada sexta-feira, desta forma, encerramos também as publicações do nosso blog "Café com Letras".
Despedimo-nos com uma grande obrigado a todos os nossos seguidores e com o desejo de que a próxima direcção dê continuidade a este trabalho.

Um bem haja a todos :)

Pedro Dâmaso
Coordenador do Departamento Cultural da AEFLUP


PortusCalle 10 - Festival de Tunas




Lord of the Dance (Porto)

O bailarino norte-americano Michael Flatley é o criador deste espectáculo que tem corrido mundo, sempre aplaudido pela crítica. Cinco anos depois, "Lord of the Dance" regressa ao palco do Coliseu do Porto, de 21 a 24 de Outubro.

Filho de irlandeses imigrados nos Estados Unidos, Flatley desenvolveu o gosto pela dança celta. Com base nela, combinou uma variedade de técnicas e estilos e criou "Lord of The Dance".

PUBLICO.PT

Hedda


Os Artistas Unidos apresentam uma nova versão de "Hedda Gabler", de Ibsen, reescrita por José Maria Vieira Mendes e dirigida por Jorge Silva Melo. De 20 a 24 de Outubro no Teatro Nacional São João, no Porto.

Segredos, frustrações, amores escondidos, dinheiro e inveja cruzam-se num espectáculo que conta no elenco com nomes como Maria João Luís, António Pedro Cerdeira, Marco Delgado e Lia Gama.

PUBLICO.PT

TELEFONE - 223401910

LOCAL - Porto, Teatro Nacional São João - Pç. Batalha

HORARIOS - De 20-10-2010 a 24-10-2010

Quarta a sábado às 21h30

Domingo às 16h00

OBSERVAÇÕES - M/16.

ACTOR/ES

Maria João Luís, Marco Delgado, António Pedro Cerdeira, Lia Gama, Cândido Ferreira, Rita Brütt

AUTOR/ES

José Maria Vieira Mendes, Henrik Ibsen (a partir de)

COMPANHIA/S

Artistas Unidos

ENCENADOR/ES

Jorge Silva Melo

Arraial de Engenharia 2010

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Amante das Leituras - Poesias de JFernandes

CAMINHOS [2007]

Tuas mãos delicadas diziam mais que o sol

nessa frescura das marés regando nossos passos.

Os rochedos cantavam a água prateada às gaivotas

que esvoaçavam junto a nós. Era a praia dos nossos

olhares perdidos no oceano de sentir — o Estar.

E o vento afagou a pele de nossos lábios

nessa manhã saborosa, junto ao mel da tarde nua

com que abrimos, agitados, as letras ao poema.

Lembro os versos em teus olhos escritos

e a luz de teu doce sorriso no deslumbramento — o Ser.

pg 16

Sob a neblina Teu suave manto estendido abriu

novas páginas em meu Outubro, fundindo o tempo

em mais um retrato de Teu rosto, exposto

na galeria do meu corpo — sem legenda…

Voámos em direcção ao Oceano palmilhando a noite

de olhos encostados à manhã. Parou o tempo nas mãos

e os ponteiros dos olhos devoraram o compasso do sol

num exalo de aromas doces que atirámos aos versos do rio;

entre a ramagem de Outubro, a voz murmurou

o curso da corrente. Floriu a brancura e as fontes

cantaram aos jardins a silhueta do dia.

No ádito do Ser arde a simplicidade iluminando

Teu retrato pendurado na humildade de meus olhos.

pg 17

Enquanto Tu sobes a Catedral

magoa o peso das pedras em que ergui o poema.

Fervorosamente tento descolar as asas.

A água jorra no granito…

no mesmo espaço um grito.

Do floco

no corpo

o manto.

E o rio não olha para trás —

inexoravelmente avança.

pg 31

Volto a esse lugar recôndito de Outubro gélido.

Teus passos já não palpitam dentro das páginas.

É o agora do que poderia ter sido, do diferente,

do que não foram gestos perfeitos.

Os versos continuam a nascer,

mas os dedos tremem no frio da pele.

O jantar ficou colado à mesa

e a língua ao céu da boca.

O entulho na garganta abafa os olhos.

Morre o tempo da Esperança…

desaparecem os sonhos!

pg 32

JFernandes – Caminhos, 2007.

CAMINHOS [2010]

1a.

guardo, calado no interior da árvore este

anelo que Teus olhos iluminam quando um sorriso Te

abre mais próximo da minha humanidade.

como passageiro da barca que não falha

vivo esta ilusão de luz

peregrino de outra praia tapada no manto

– e já foste da Cruz

como eu sou do pranto.

guardo-me voz de um silêncio único

como ave que nidifica em lugar próprio e constante.

mas fosse eu outra coisa: um espanto, uma sorte.

mesmo assim desejaria ter-Te como consorte

que de dentro do meu negro

só me enlevo no Teu branco Vivo.

1b.

poiso o calado do barco nesse rio

anelo de areias que iluminam a treva das águas

do mais próximo que é humano

como passageiro nas tuas cheias vivo este calor

de sol peregrino entre as pétalas da flor

que te enfeita os ramos

– e és úbere da criança

como eu sou do pranto.

poiso-me na voz do teu silêncio

como ave nidificada na estação do teu tempo.

mas fosse eu outra sorte, outra coisa:

um espanto. desejar-te-ia como consorte

desse cerro que é branco

quando me eriças a crina.

JFernandes – Caminhos, 2010.

sábado, 9 de outubro de 2010

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

TEATRO DA PALMILHA DENTADA - Guardião do Rio

TEATRO DA PALMILHA DENTADA

«O Guardião do Rio»

Ricardo Alves texto e encenação

Rodrigo Santos sonoplastia e música original

Sandra Neves direcção plástica

M/16 anos

Duração 1h30m (c/ intervalo)

ESTREIA

OUT_TER12

SALA 2 > 21:46 > 10,00 EUR

‘O Guardião do Rio’, em estreia no dia 12, versa sobre o aborrecimento - «mas não é aborrecido». Trata-se de uma comédia leve, assente na cenografia, no trabalho de actor e na presença de bonecos, máscaras e marionetas - que «são realmente fabulosos». A música teima ficar ouvido com as suas melodias ritmadas e o texto, «não sendo Shakespeare, serve a função». Sem ponta de pretensiosismo e mais do que alertar ou acordar as pessoas do marasmo, esta nova temporada em apresentação no Hard Club ambiciona, com muita graça e uma vez mais, divertir.

Para além do regresso da figura do ensaiador, a cargo de Nuno Preto, a restante ficha técnica permanece: texto e encenação de Ricardo Alves, sonoplastia e música original de Rodrigo Santos, direcção plástica de Sandra Neves com Joana Caetano e direcção de produção de Adelaide Osório.

‘Usar o cérebro com parcimónia

é regra para uma vida feliz

La la la la la la

La la la lala.’


domingo, 3 de outubro de 2010

sábado, 2 de outubro de 2010

FESTA AEFLUP

II Encontro de Sociologia da Educação (Aberta inscrições para participar e assistir)


EDUCAÇÃO, TERRITÓRIOS E [DES]IGUALDADES


Falar de territórios é abordar sobretudo o modo como criamos fronteiras, consagramos afiliações e distâncias, mas igualmente o modo como nos definimos a nós próprios, como representamos o mundo, reconstruímos o passado, organizamos o presente e projectamos o futuro. Falar de educação implica, inevitavelmente, recorrermos a estes mesmos sentidos e pressupostos. Estabelece-se, então, uma relação complexa, problemática, inexorável: a educação e o território são necessariamente situados e constituem uma construção simbólica partilhada, bem como invocam processos de socialização.


Convidamos todos os interessados nas problemáticas educativas a participar no encontro, assistindo aos painéis e mesas redondas ou enviando-nos uma proposta de comunicação. Ela deverá ser dirigida a uma das mesas, até 30 de Outubro para o e-mail encontrosoced2011@gmail.com. Para além da indicação do título e do resumo (máximo 250 palavras), o proponente deve ainda referir o seu nome completo, instituição de onde provém e o seu endereço electrónico e contacto telefónico.

A participação no encontro é gratuita, estando, contudo, sujeita a inscrição para o e-mail encontrosoced2011@gmail.com até dia 31de Dezembro. Os interessados deverão indicar o nome próprio, instituição, endereço electrónico.

Hard Club

Quatro anos depois do encerramento, a sala de concertos reabriu, desta vez na Ribeira do Porto e com mais espaços e novas ambições. O espectáculo já pode continuar.

O Porto já tinha a Casa da Música, agora tem a caixa da música. Ou melhor: o Porto tem duas caixas pretas metidas no espaço de um antigo edifício de ferro e vidro da Ribeira portuense. Dentro e fora das caixas vai haver música, muita, mas também cinema, teatro, exposições, comida, conferências, animação nocturna, actividades para crianças e tudo o que seja possível meter lá dentro. O novo Hard Club, disso se trata, foi inaugurado anteontem à noite, no antigo Mercado Ferreira Borges, quase quatro anos depois de a mítica sala de concertos da marginal de Gaia ter fechado as portas. Calú, o baterista dos Xutos & Pontapés que é também um dos donos das caixas, estava "felicíssimo".

"Queremos fazer muitas coisas e transformar isto num ícone da cidade, onde as pessoas venham para ouvir música, passear, ver uma exposição, namorar ou só porque sim", explicou o músico. A porta foi aberta pelo presidente da Câmara do Porto - a autarquia continua a ser proprietária do edifício, agora concessionado por 17 anos - e vai manter-se assim, escancarada, todos os dias entre as nove da manhã e a meia-noite, excepto aos fins-de-semana, altura em que o horário é prolongado até às 4h00 da madrugada. Com novos espaços e outras ambições, o Hard Club abdica da vocação de sala de espectáculos, sobretudo para a música alternativa, passando a ser um espaço multidisciplinar e um dos maiores equipamentos privados de cultura do país.

Para quem conheça o Mercado Ferreira Borges de outros campeonatos, a estrutura do edifício histórico, em ferro pintado de vermelho, está totalmente preservada e intocada. As duas caixas acústicas que são as salas de espectáculos foram enfiadas nas alas laterais, deixando o corredor central livre para exposições e outros eventos. Ao fundo, há um terceiro palco e, sobre a caixa mais pequena, com capacidade para duzentas pessoas, há um restaurante-cafetaria-lounge.

Um palco "espectacular"

A sala dois vai ser usada essencialmente para cinema, teatro e concertos de novas bandas. Já os espectáculos musicais que celebrizaram o Hard Club (passaram por lá, entre muitos outros, os Morphine, os Rammstein ou os Goldfrapp) terão como palco a sala 1, com capacidade para oitocentas pessoas e que é praticamente do mesmo tamanho da antiga tanoaria de Gaia onde o Hard Club funcionou durante uma década. "Para mim, como músico, esta é uma dimensão muito confortável, permite uma grande interacção com o público", comentava Calú na inauguração. Miguel Ferreira, teclista dos Clã e dos Blind Zero, concorda: "O palco é espectacular".

Nos dias em que não haja concertos, as duas caixas poderão ainda ser utilizadas como discoteca, estando ambas equipadas com bares. A concepção destes blocos acústicos, assentes em borracha natural, permite, refira-se, que decorram três espectáculos ao mesmo tempo, uma vez que não existe nenhuma propagação de som ou de vibrações para o exterior. Nos dias mais animados, os responsáveis pelo Hard Club prevêem que seja possível juntar mais de duas mil pessoas dentro do Mercado Ferreira Borges.

A inauguração, anteontem, teve música, claro, e várias centenas de convidados. Ontem à noite, de regresso à vida normal, o Hard Club recebeu um concerto dos alemães Atari Teenage Riot. Daqui para a frente, a programação promete ser regular e variada e Calú adiantou ao P2 que para Outubro estão já agendados cem eventos só na área da música. Os Xutos só actuarão, em princípio, em Janeiro.

Para além da música, haverá, nas próximas semanas, vários espectáculos de Novo Circo e, às quartas-feiras, em simultâneo com Lisboa e Londres, o concurso de curtas-metragens Shortcutz. Está também agendada a exibição de Fados, de Carlos Saura, e a estreia, no dia 28 de Setembro, de O Guardião do Rio, a nova produção do Teatro da Palmilha Dentada.

O espaço do antigo mercado, construído entre 1885 e 1888, vai poder ser usado livremente e só os espectáculos que decorram dentro das caixas serão sujeitos ao pagamento de bilhete.

Os responsáveis do Hard Club apostam ainda numa forte interacção com as escolas artísticas da cidade, cedendo aos jovens criadores espaços onde possam desenvolver o seu trabalho. O novo espaço pretende também cativar, pelo menos durante o dia, os milhares de turistas que visitam a Ribeira portuense. Para a noite, os planos passam por ajudar a reconfigurar a oferta cultural e a vida nocturna da cidade, criando uma alternativa ao pólo de animação que nos últimos anos surgiu na zona dos Clérigos e voltando a estender a movida para a Ribeira, de onde praticamente desapareceu. "Temos condições para ter uma área de animação de qualidade, mas que será fechada, mais confortável e segura", explicou Paulo Ponte, outros dos donos do Hard Club.

Jorge Marmelo (PÚBLICO)

Guia prático para ver e ouvir os U2


Para facilitar a chegada e a saída das mais de 85 mil pessoas que são esperadas, a partir de amanhã, para assistir aos concertos dos U2, em Coimbra, foi montado um plano de transportes e de alterações ao trânsito que tem como objectivo principal evitar, a todo custo, uma grande concentração de automóveis na zona envolvente do estádio. Para isso, foram criadas nove áreas de estacionamento gratuito em vários locais da cidade, servidas por três circuitos especiais de transportes públicos, que vão funcionar durante os dois dias e que têm ligação também com a estação de comboios de Coimbra-B.

A grande maioria das pessoas deverá deslocar-se em veículo próprio, incluindo os cerca de 5 mil espanhóis que são esperados, mas a organização apela para que optem antes pelo comboio. "O comboio é a maneira mais fácil de chegarem e saírem de Coimbra. É mais cómodo, não têm o problema do álcool, não têm o problema de estacionar longe, não têm o problema de andar à procura do parque", afirma Álvaro Ramos, da produtora Ritmos e Blues.

Durante amanhã e domingo, as viagens de comboio para Coimbra fazem-se através dos horários habituais dos comboios Alfa Pendular e Intercidades, mas, a pensar no regresso dos espectadores a casa, a CP criou dois comboios especiais que vão sair de Coimbra, nos dois dias de concerto, um para Lisboa e outro para Porto.

Para quem, ao invés, viajar de automóvel a organização apela para que deixem os carros numa das nove áreas de estacionamento e se dirijam para o estádio de transporte público. Os 7500 lugares de estacionamento criados são gratuitos, mas as viagens nos transportes públicos custam três euros (ida e volta). Nas três linhas especiais criadas, que percorrem um circuito que envolve toda a cidade, vão circular 75 autocarros, entre as 15h00 e as 21h00 e as 0h00 e as 2h00.

Em torno do estádio vai ser criado um perímetro de segurança que obrigou ao encerramento ou ao condicionamento da circulação automóvel em 26 ruas e avenidas de Coimbra, numa área de cerca de seis quilómetros quadrados. "Não adianta tentarem trazer os veículos particulares para a zona do estádio. Não vão conseguir entrar nem sair e só vão criar confusão", alerta a subcomissária da PSP de Coimbra Margarida Oliveira.

O perímetro de segurança em redor do estádio só será acessível a quem tiver bilhete e até à entrada no recinto será necessário passar por três pontos de controlo. No primeiro é feito um reconhecimento visual dos bilhetes, no segundo os espectadores serão revistados (mesmo que chova como está previsto que aconteça no domingo não serão permitidos guarda-chuvas), e no terceiro os bilhetes terão que ser validados electronicamente pelos torniquetes de entrada. "Vamos montar um contingente que nunca foi utilizado num evento deste género. Não tenho dúvidas nenhumas ao afirmar que Coimbra vai acolher o maior espectáculo que alguma vez foi feito em Portugal", defende Álvaro Ramos.

Além dos casos de fraude e de venda de bilhetes falsos que foram registados, a organização do concerto tem-se também confrontado com "casos invulgares" de conflitos por causa dos bilhetes: é o caso de um casal que se separou após ter comprado os ingressos e que recorreu aos tribunais para decidir a titularidade dos bilhetes. Outro caso envolve também um casal que, depois de ser separado, não pretende agora ficar lado a lado no concerto. "Temos também senhoras que compraram os bilhetes há um ano, que agora engravidaram, e contactam-nos porque estão muito preocupadas [com as condições que vão encontrar no estádio]", revelou ontem Álvaro Ramos.
com Lusa